O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou, nesta quinta-feira (29/10), durante participação na Comissão Mista do Congresso Nacional sobre a Covid-19, que a retomada econômica do Brasil está surpreendendo o mundo. “Estamos voltando em V, com criação de empregos em ritmo acelerado”, disse.
Guedes afirmou que o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) já apresenta saldo positivo desde o mês de julho. Em agosto, foram criadas cerca de 250 mil vagas e a expectativa é de saldo positivo também para os dados de setembro.
O ministro destacou que a recuperação rápida tem sido possível devido aos esforços conjuntos dos três Poderes. “Eu disse que o Brasil ia dar uma resposta construtiva, surpreendente, do ponto de vista de nossa democracia. Lá fora, esse som está chegando, com a compreensão de que a democracia brasileira não é frágil, efêmera e vulnerável, como muitos brasileiros diziam. Ao contrário, é resiliente, funcional e deu solução para a crise”, considerou.
Paulo Guedes lembrou que medidas como o Auxílio Emergencial e o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego (BEm) foram fundamentais para a preservação dos sinais vitais da economia. “Com o auxílio emergencial, protegemos 38 milhões de brasileiros vulneráveis, que ficaram completamente sem acesso ao seu ganha-pão diário, afirmou.
O ministro ressaltou, ainda, que o BEm preservou cerca de 11 milhões de empregos – o equivalente a 1/3 da mão de obra do país – ao garantir o pagamento de benefício a trabalhadores que tiveram o contrato de trabalho suspenso ou a jornada e o salário reduzidos. “Neste mesmo período, o mercado de trabalho mais flexível do mundo, que é o americano, tinha demitido 30 milhões de pessoas, e o Brasil tinha perdido um milhão. De novo, eu digo que surpreendemos o mundo. O programa de preservação de empregos foi muito bem-sucedido”.
Desoneração fiscal
O ministro Paulo Guedes destacou também a importância da desoneração para a criação de emprego e renda aos brasileiros. “O salário mínimo de R$ 1 mil acaba custando R$ 2 mil para a empresa. É muito para quem paga e é pouco para quem recebe”, defendeu.
Para o ministro, é necessário, no entanto, que não sejam beneficiados apenas setores específicos e que não haja aumento da carga tributária. “Os impostos já chegaram a 36% do Produto Interno Bruto (PIB), são altos demais. Só criaremos impostos se for para substituir outros que já existem”, disse.